BLOG PARTICULAR DESTINADO A PRESTAR INFORMAÇÕES
PÚBLICAS DE EMPREGO


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

JORNAL FATOS ENTREVISTA DIRETOR DO PAT.

Marcos Morais: “Itanhaém está mais atenta quanto à necessidade da qualificação profissional” Num cenário repleto de notícias diárias sobre os impactos do pré-sal, ampliação do aeroporto, chegada da Petrobras e abertura de filiais dos fast-food mais famosos do país, a vida do trabalhador itanhaense se tornou um misto de expectativa e entusiasmo mas também de preocupação. Afinal, o perfil do empregador está mudando e a exigência curricular mostra que ter apenas o ensino básico já não basta para preencher as vagas mais comuns abertas no varejo da cidade. “Se não souber ligar e mexer num computador, por exemplo, volta para o fim da fila”, enfatiza o diretor do Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Itanhaém, Marcos Tadeu Ferreira. “Quando uma economia cresce, a exigência por mão de obra qualificada passa a ser maior. É isso que estamos vivenciando no município”. Na condição de presidente da Comissão Municipal de Emprego desde o início do ano e, portanto, responsável por levar ao Governo Municipal e Estadual as necessidades do setor, Marcos Tadeu fala nesta entrevista sobre as mais recentes ações voltadas à qualificação profissional. A Comissão Municipal de Emprego já conseguiu entender este tsunami que se tornou a questão da empregabilidade em Itanhaém? “Com certeza. Realmente é uma avalanche de boas notícias. O Posto de Atendimento ao Trabalhador vive os melhores momentos de sua história, porque a cidade cresceu muito rapidamente e o volume de vagas abertas pelo varejo agora exige uma resposta rápida de nossa parte. Por isso é que batemos sempre na tecla da qualificação, ou seja, a vaga existe. Mas, para ocupá-la, o trabalhador precisa ter um currículo satisfatório. Quando o Governo reativou a Comissão Municipal de Emprego foi justamente para fortalecer as ações voltadas à qualificação. Não queremos que Itanhaém perca empresas e investimentos privados por não oferecer a mão de obra que estes empregadores estão exigindo”. Mas Itanhaém ainda não tem essa mão de obra, por exemplo, para as empresas que vão chegar a reboque da Petrobras. “Esta é uma questão que também vem absorvendo parte do nosso expediente diário. Veja que não é somente se preocupar com o varejo e as redes de fast food. Tem a Petrobras e as empresas de aviação que já colocaram Itanhaém na sua agenda de investimentos. Por isso, temos como prioridade abrir diálogo com instituições, órgãos e empresas que têm interesse em explorar este novo nicho de mercado e que são qualificadas para formar a mão de obra que a cadeia do petróleo e gás exige. Quando a comitiva municipal esteve em Macaé, as autoridades visitaram a maior escola de treinamento em salvatagem do mundo e também o Senai de lá, que é a maior unidade que o Senai tem no Brasil. Os alunos já saem empregados, porque a cadeia produtiva do petróleo é de uma dinâmica incrível. Recentemente, o secretário Francisco Garzon e o presidente da ACAI, Eliseu, estiveram em São José dos Campos, que é um pólo nacional de aviação civil e militar. Foram conhecer uma escola profissionalizante, cujo foco está na formação de mecânicos de manutenção de aeronaves. Depois disso, membros da Comissão de Emprego estiveram no Guarujá, também buscando informações sobre cursos de manutenção de aviões. Neste contexto, uma notícia importante é a parceria que estamos definindo com a empresa Líder Táxi Aéreo, através da Escola Técnica Estadual. Se tudo correr bem, Itanhaém terá estes cursos em breve”. Em sua avaliação, a qualificação está ficando mais acessível? “Com certeza. Estudar hoje em dia está muito mais fácil do que há uma década. Em Itanhaém tem uma Escola Técnica Estadual (ETEC) e o Governo Municipal já está pedindo uma Faculdade Tecnológica (FATEC). Temos o Centro de Treinamento Profissionalizante, no Belas Artes, que oferece cursos nas áreas de humanas, artesanato, gastronomia, informática, elétrica e telefonia. Hoje temos na cidade várias faculdades, muitas com cursos à distância, cujo conhecimento e diploma têm a mesma importância que uma faculdade presencial. E no caso das famílias de baixa renda, o Governo Federal paga a faculdade, através do Prouni. Já o Governo Estadual dá bolsas para universitários que se disponham a trabalhar nas escolas nos fins de semana. Ou seja, hoje em dia, na minha opinião, só não estuda quem não quer.” Quais são as ações mais recentes da Comissão de Emprego? “Agora estamos trabalhando na formulação de uma lista de dez cursos que são prioridades no momento em Itanhaém, voltados para a área de hotelaria, turismo e comércio em geral. A construção civil também receberá atenção, por conta da necessidade de profissionais nesta área. A lista já foi encaminhada ao Governo Estadual. Outra meta é o fortalecimento do segmento têxtil em Itanhaém, uma cidade balneária, portanto, ideal para o setor de moda praia. Para isso, estamos buscando parcerias com os empresários desta área, a fim de abrir cursos profissionalizantes de desenho, corte e costura”. Quantas pessoas se inscreveram para as vagas do Mc Donald´s? “Tivemos 1.200 inscrições. O PAT ficou pequeno. Mas conseguimos cadastrar e entrevistar todo mundo. E vem sendo assim há algum tempo. Quando o supermercado Extra abriu inscrições, o PAT também foi importante, da mesma forma que recentemente no processo do Habib´s. O grupo que vai abrir o Giraffas já nos procurou. A gente sempre lembra ao candidato que essas grandes redes facilitam o crescimento profissional. Hoje em dia, um gerente com um tempo de casa no Mc Donald´s pode ganhar até R$ 8 mil por mês”. Qual a importância do PAT neste processo? “O PAT tem se revelado um parceiro importante dos empregadores. Temos um cadastro de 23 mil trabalhadores, nas mais diversas funções. Oferecemos palestras que vão desde a orientação na elaboração do currículo até como se portar numa entrevista. Outra importante palestra é voltada a quem é contratado, que recebem orientações sobre administração da vida financeira. Estamos agora para implantar o Time do Emprego, que é uma ação do Governo Estadual para inserir no mercado os trabalhadores de baixa renda. Não podemos deixar de citar o Via Rápida Emprego, também uma parceria com o Estado, e que abriu 30 vagas para capacitação em informática.” Em números, como está o PAT? “São números extremamente favoráveis. Crescemos 14% em relação ao primeiro semestre do ano passado. De janeiro a julho, foram contratadas 999 pessoas. Ou seja, quase 1.000 pessoas trabalhando, produzindo, ajudando no sustento do lar. Isso deixa a gente bastante satisfeito. É um sinal claro de que o PAT se tornou referência para o empregador e para o trabalhador”. (Matéria extraida do Jornal Fatos - http://jfatos.blogspot.com/ )

0 comentários:

Postar um comentário